terça-feira, 16 de novembro de 2010

Não importa, meu amigo - Fábio Granville

NÃO IMPORTA, MEU AMIGO - FÁBIO GRANVILLE

Tem alguns que aparecem quando nem percebemos
E outros que há muitos convivemos
Não importa meu amigo
Seja onde estivermos, conte sempre comigo

Tem uns com quem vivemos situações incríveis
E outros que consolam nos momentos difíceis
Não importa meu amigo
Estarei ao seu lado, em paz ou em perigo!

Tem até os que fazem a gente pagar micos
Tem os que são pobres, tem os que são ricos
Não importa meu amigo
Posso agradar o marajá e o mendigo.

Tem aqueles que estão sempre reclamando
E os que acabam se apaixonando
Não importa meu amigo
Juntos separaremos o joio do trigo.

Tem os que vivem dias, meses, anos sem se ver
Tem os que, sem a gente, não consegue sobreviver
Não importa meu amigo
Um dia bate a saudade e te ligo

Tem os que vivem bem sozinhos. Será?
Também tem quem deixe isso pra lá
Não importa meu amigo
Não vivo de olhar para o meu umbigo
!
segunda-feira, 8 de novembro de 2010

BEIJOS ROUBADOS - Fábio Granville (poesia feita em 04/11/2010)


No escuro do cinema
comendo nossa pipoca
esqueço um pouco da cena
e te tasco uma beijoca

coitado daquele senhor
ao meu lado, estava sozinho
tinha bala de todo sabor
mas não tinha bala beijinho

enquanto no filme rolava
a maior cena de ação
o clima entre nós esquentava
e o selinho virou um beijão

mas quando olhei para a tela
o mocinho já vencia o bandido
conquistou a linda donzela
que seu beijo havia prometido

enquanto passavam os créditos
e o cinema ainda apagado
te mostro o que são inéditos
gostosos beijos roubados.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Lua minguante - Fábio Granville

Percebi o brilho da lua
Entrando na minha janela
E minha alma flutua
Minguante, és muito bela

Sua linda curvatura
Brilhante em só um pedaço
Refletes tenra doçura
E a ternura de um abraço


Derrepente o céu aclara
Bem aos poucos se inicia
O sol seus raios dispara
E vem chegando um novo dia

E mesmo com céu azulado
Vejo a lua lá no céu
Esperando seu reinado
Transparente como um véu


O astro-rei vai embora
Dando espaço para estrelas
E a lua seu brilho aflora
Para que possamos vê-la

E o seu brilho incomum
Inspira minha poesia
Não quero de modo algum
Que essa noite vire dia.